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Jorge Silva Melo: “As pessoas têm medo de correr riscos”

O cinema faz parte do ADN de Jorge Silva Melo, mas é o teatro que ainda o faz correr. Histórias de uma vida plena. De conquistas e obstáculos. De persistência. O criador dos Artistas Unidos garante que não está “acabado” e critica os que têm medo de escolher espetáculos que não foram testados.

Costuma dizer que cresceu num “bairro de explicações”. O que quer dizer com isso?
Ainda vivo, aliás! Desde os cinco anos que vivo num prédio na rua da Artilharia 1, e só muito mais tarde é que percebi que, a partir dos anos 30, quando foi construído, começou a receber vagas e vagas de pessoas fugidas à Alemanha nazi e vindas de França. No meu prédio vivia o chefe da comunidade israelita, o Sr. Mucznik, pai da Esther Mucznik. A pouco e pouco, fui-me apercebendo de que naquele bairro, ali perto das Amoreiras e também da sinagoga, havia muitos judeus como os Aarons, o Ruá, a belíssima atriz Lucia Amram… Enfim, era um sítio de estrangeiros e algumas senhoras que não conseguiam trabalho no Estado português, mas que sabiam línguas, davam explicações. E eram muitas!

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