Egito vai a votos na próxima segunda-feira, dia 26, para eleger um novo presidente, mas o clima é de profundo desencanto. Sete anos depois da revolta popular que depôs o autocrata Hosni Mubarak, o país voltou às mãos de um regime autoritário e a oposição é praticamente inexistente. O atual presidente, Abdel Fattah al-Sisi, é já apontado como vencedor da corrida eleitoral, após a desistência forçada de vários opositores. O objetivo de al-Sisi é manter a todo o custo a sua liderança coerciva, sob um ficcional manto democrático, replicando um modelo que se tornou comum em alguns países atingidos pela “Primavera Árabe”.