Os dias seguintes à final feminina do US Open em ténis não foram fáceis para o árbitro português Carlos Ramos. Segundo o jornal “L’Equipe”, Ramos fechou-se no hotel em Manhattan, Nova Iorque, para evitar qualquer tipo de problemas. De qualquer forma, se ligou a televisão, terá sido impossível fugir ao assunto que correu mundo. “Estou bem, tendo em conta as circunstâncias. É uma situação chata, mas arbitragem à la carte não existe. Não te preocupes comigo!”. As declarações fazem parte de um artigo publicado no “Tribuna Expresso”, pelo jornalista Miguel Seabra, depois da polémica com Serena Williams durante a final feminina do Open dos Estados Unidos. Carlos Ramos, de 47 anos, nasceu em Moçambique. Tirou o primeiro curso de arbitragem em 1987 e adquiriu o primeiro nível (distintivo branco) da Federação Internacional de Ténis em 1991. Dez anos mais tarde, passou a integrar o restrito grupo de árbitros ITF/Grand Slam Officials: já dirigiu as finais de singulares masculinos (além de outras finais, femininas e pares) nos quatro torneios do Grand Slam (Open da Austrália; Roland Garros, em França, Wimbledon, em Inglaterra; e US Open), nos Jogos Olímpicos e nas finais da Taça Davis e Fed Cup.