Quando em março de 2015 o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, começou a passar as pastas para a geração que se lhe seguiria e passou a olhar para o grupo que criou quase do zero de uma forma mais distendida, foi alvo de diversas homenagens que passaram obrigatoriamente pelos testemunhos – entre abundantes encómios e previsíveis referências bastamente elogiosas – dos que com ele lidaram ao longo dos anos. Um desses testemunhos, de alguém que em 1973 teve uma entrevista de emprego na Sonae com Belmiro de Azevedo e mais tarde viria a ser ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, foi lapidar: “é um homem de ruturas criativas”.