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As máquinas e o seu futuro connosco

É um facto. Já não precisamos de imaginar carros a conduzirem-nos ou fábricas a produzir sem trabalho humano.

É um facto. Já não precisamos de imaginar carros a conduzirem-nos ou fábricas a produzir sem trabalho humano. Por isso nos imaginamos, cada vez mais, a governarmo-nos com máquinas, mas também a sermos governados por elas. Imaginamo-las diante de nós, úteis ou ameaçadoras, mas também dentro de nós, ou pelo contrário nós dentro delas, a ponto de isso se tornar apenas uma diferença de perspectiva. A oposição humanos-máquinas está sobrestimada também quanto ao passado. A história da humanidade é uma história das máquinas, dos utensílios que aumentam de alguma maneira a capacidade dos humanos. Sem humanidade não haveria esta história das máquinas, mas também a inversa é verdadeira: sem máquinas não haveria esta história da humanidade ou nem sequer mesmo humanidade.  Há o célebre “Deus ex machina” do teatro, mas o que tivemos verdadeiramente foi um “Homo ex machina”.

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