Skip to main content

António Calvário: o artista eterno numa Lisboa esquecida

Marcámos encontro com António Calvário nos Armazéns do Chiado para tentarmos encontrar a antiga loja da Valentim de Carvalho que, na Rua Nova do Almada, apareceu e desapareceu. O artista, que se aproxima dos 60 anos de carreira, conta ao Jornal Económico como aquela rua ficava cortada só para as pessoas o verem, na década de 60, e onde pode ser visto agora. Aos 78 anos, o cantor português não se vê a abrandar e vive com a ambição fundar o Teatro António Calvário, caso lhe saia o euromilhões. Até lá, vai jogando...

É um dia como os outros em frente aos Armazéns do Chiado. Talvez a única coisa que se estranhe seja o calor de final de tarde. O sol incide na roupa com intensidade. As pessoas passam e confundem-se umas com as outras. Depois de um olhar atento – como quem espera por alguém –, a multidão apressada em mais um dia de trabalho contrasta com os turistas, mas há uma pessoa que se sobressai: caminha pausadamente, com casaco de pele, óculos escuros, anel no mindinho esquerdo, rosto e cabelo meticulosamente cuidados, que não denunciam os anos que já viveu. É António Calvário, e mesmo que ninguém o reconheça naquela confusão, há algo de inconfundível no artista que representou Portugal pela primeira vez no Festival Europeu da Canção, em 1964.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico