Skip to main content

ALICE VIEIRA: Do tricô aos livros, a vida dela dava um romance

Interrompemos as compras de postais de Alice Vieira, no edifício principal da Gulbenkian, para um passeio no jardim da fundação e uma viagem pela vida da autora. Com 73 anos e mais de 80 livros publicados, confessa que “não consegue ler nada”. A escritora e antiga jornalista aborda a velhice, a solidão e a morte dos homens da sua vida – “os Mários”. Revela-se preocupada com estado do jornalismo e denuncia uma falta de memória coletiva “espantosa”.

Os postais que Alice traz consigo são para enviar a desconhecidos. Além de escrever livros infantis, romances em conjunto com outros escritores, crónicas no Jornal de Mafra e de colaborar com a revista Audácia, a autora conversa com estranhos através de carta-postal, o post crossing, numa cadeia de mensagens que só termina quando se quiser. “Estavam a pedir-me postais de música, portanto vim cá”, explica Alice, para quem a Fundação Calouste Gulbenkian não é estranha. É rara a semana em que perde os concertos que ali se fazem à sexta-feira.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico