Os postais que Alice traz consigo são para enviar a desconhecidos. Além de escrever livros infantis, romances em conjunto com outros escritores, crónicas no Jornal de Mafra e de colaborar com a revista Audácia, a autora conversa com estranhos através de carta-postal, o post crossing, numa cadeia de mensagens que só termina quando se quiser. “Estavam a pedir-me postais de música, portanto vim cá”, explica Alice, para quem a Fundação Calouste Gulbenkian não é estranha. É rara a semana em que perde os concertos que ali se fazem à sexta-feira.