Não é difícil saber quem é que compra diretamente a dívida do Estado português. A emissão de dívida pú- blica está centralizada na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que periodicamente revela informação acerca de quem participou nos leições de obrigações, ou onde foram colocados os bilhetes do Tesouro. Mas assim que estes títulos entram no circuito financeiro, e começam a passar de mão para mão no chamado “mercado secundário”, é quase impossível seguir-lhes o rasto. Sabemos onde começou, mas não sabemos onde acabou.
Afinal, quem empresta ao Estado português?
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Os estrangeiros que estavam a financiar o Estado português retiraram-se e foram substituídos pelo BCE. E pelas famílias.
